
Os contraceptivos são as principais ferramentas de planejamento familiar. Para saber qual método adotar a mulher deve seguir as orientações de um médico, que levará em consideração o perfil da paciente e também possíveis doenças associadas. Por se tratar de
métodos que possuem hormônios não podem ser automedicados.
métodos que possuem hormônios não podem ser automedicados.
O ginecologista-chefe do Departamento de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Dr. Nilson Roberto de Melo, afirma que o contraceptivo mais usado no mundo é a pílula combinada de uso diário por ser um medicamento de fácil acesso, disponível em diversas formas e sobre o qual há inúmeros estudos.
Ele lembra, no entanto, que este nem sempre é o método mais indicado. “Uma mulher muito esquecida não pode tomar pílula, pelo risco de falha do método. Hoje há recursos tecnológicos que podem ajudar a não esquecer, como os aplicativos para celular que lembram a hora de se medicar, mas é melhor indicar um método que não dependa da lembrança da usuária.”, diz Melo.
Em casos assim, o ginecologista afirma que os métodos contraceptivos de longo prazo, como os sistemas intrauterinos (SIUs) ou dispositivos intrauterinos (DIUs) e os implantes anticoncepcionais, podem ser mais eficazes por dependerem menos da mulher. “A pílula é eficaz se tomada de forma correta, se esquecer, a eficácia diminui.
Já o DIU, o SIU e o implante têm a eficácia teórica e prática muito próximas, por isso tem crescido a preferência por esse tipo de método, que pode durar até dez anos”, explica Dr. Melo. Entretanto, o ginecologista lembra que métodos como o DIU/SIU não podem ser utilizados por qualquer pessoa.
O médico avalia cada caso individualmente.
Dr. Melo afirma que mesmo com a orientação do médico, a escolha final do método a ser adotado ainda deve ser da paciente. Ela precisa ser informada sobre os riscos e benefícios de cada um. Além disso, o profissional de saúde deve orientá-la corretamente, desaconselhando ou deixando de prescrever contraceptivos que apresentem contraindicações. “O médico não pode impor risco à paciente”, afirma ele.
Os principais métodos anticoncepcionais
Métodos Anticoncepcionais não hormonais
Os métodos anticoncepcionais não hormonais são aqueles em que a contracepção não utiliza hormônio. Divide-se em três tipos: Muito eficientes, eficientes e pouco eficientes.
Muito Eficientes:
- DIU – índice de falha 0.1%
- Vasectomia e Laqueadura – índice de falha 1%
- Abstinência sexual - índice de falha 0%
Eficientes:
- Camisinha – índice de falha 8% a 20%
- Diafragma – índice de falha 8% a 20%
- Camisinha feminina – índice de falha 8% a 20%
Pouco eficientes:
- Espermaticida – índice de falha 20%
- Método do muco cervical – índice de falha 10% a 20%
- Tabelinha – índice de falha 10% a 20%
- Coito interrompido – índice de falha 15% a 20%
Métodos Anticoncepcionais Hormonais
Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles em que a prevenção da gravidez é controlada por hormônios. Divide-se em muito eficientes e eficientes.
Muito eficientes:
- Pílula – índice de falha 0,1%
- Injeção anticoncepcional – índice de falha 0,1%
- Sistema intraturino liberador de levonorgestrel (SIU) – índice de falha 0,1%
- Implante – índice de falha 0,1%
- Anel vaginal – índice de falha 0,1%
- Adesivo anticoncepcional – índice de falha 0,1%
Eficientes:
- Pílula do dia seguinte – índice de falha 5% a 20%
Principais métodos indicados para cada perfil
Adolescentes:
- Camisinha
- Pílula
Para a mulher que já possui família e não quer mais ter filhos:
- DIU ou SIU
- Implante
- Vasectomia
- Ligadura de trompas/laqueadura tubária
- Pílula
- Injeção anticoncepcional
- Adesivo anticoncepcional
- Anel anticoncepcional
Para mulher que quer espaçar uma nova gravidez:
- DIU ou SIU
- Pílula
- Injeção anticoncepcional
- Implante
- Adesivo anticoncepcional
- Anel anticoncepcional
Para mulher que está amamentando*:
- Camisinha
- DIU ou SIU
- Minipílula (progestógeno)
- Injeção anticoncepcional trimestral
****A mulher que está amamentando não pode utilizar pílulas compostas por dois hormônios.
Os métodos contraceptivos, a tabelinha, o método do muco cervical e o coito interrompido são seguros. Também é normal que durante o período de amamentação não ocorra a menstruação.
Fontes: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Gineco.com
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